Por estes tempos, participamos do curso "Esgoto como fonte de recursos - sistemas de pequena escala", facilitado pelos cientistas e permacultores Guilherme Castagna, Luiz Felipe Pacheco e Renato Fenerich, nas instalações do experimento Almagestum, em Pedra Bela - SP.
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Ao lado do facilitador Guilherme Castagna |
Do tudo que foi falado no curso, elucidaremos agora um pouco do que nos foi colocado na prática: Uma adaptação do conhecido Sistema Tohá de tratamento de águas servidas, feita com bombona plástica, conexões pvc e outros materiais de fácil aquisição. O experimento foi montado no Sítio Sempre Vivo, da família do "Vovô Carlos".
O Sistema Tohá foi desenvolvido pelo cientista chileno Jose Tohá Castella e é amplamente utilizado no tratamento de efluentes no Chile e em outros países (
Clique para ver o experimento ), inclusive no Brasil e, pode ser utilizado para tratar águas servidas em pequena ou grande escala.
O exemplo em questão foi adaptado e dimensionado para uma família de quatro pessoas e o filtro usado foi uma bombona plástica de 200L. Previamente o cano da água negra foi direcionado e dois furos foram feitos na bombona, sendo um de 10cm no topo e um de 5cm na base, onde foi instalado um adaptador flange. O primeiro seria para a entrada e o segundo para a saída da água servida (vide esquema inicial). Nenhum outro furo deve ser feito e, no caso em questão, o cano de drenagem foi direcionado para um circulo aeróbico de bananeira.
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Canos de entrada e saída (Circulo de bananeiras no plano de fundo); |
A seguir, dispõe-se, em camadas de 10cm, pedras grandes ou entulho, pedras médias, brita e pedrisco, de maneira que sobrem cerca de 45cm entre o topo da ultima camada e a base uma conexão Tê, que deve ser instalado no cano de entrada. Há quem coloque uma camada de areia média a grossa no topo do conjunto, mas no caso em questçao, isso não ocorreu. Este espaço (45cm) serve para se colocar serragem grossa tipo maravalha, que tem a função de fornecer o carbono necessário para o "combosto"(vide esquema inicial).
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Meça a altura da base à entrada e distribua as camadas de materiais; |
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Primeira camada: Pedras Grandes |
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Segunda Camada: Brita média |
Porém, antes de colocar a serragem, instale um pedaço de sombrite (tela plástica) para facilitar a retirada do material que vai combostar, ok? Não queremos que você coloque a mão em qualquer lugar...Uma outra dica também é colocar umas pedrinhas logo abaixo do Tê de entrada.
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A telinha serve para facilitar manejo e a retirada do húmus; |
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O sombrite deve sobrar para facilitar o manejo |
Feito tudo isso, umedeça um pouco o substrato e adicione uma boa tantada de minhocas. Tenho visto na net alguns experimentos com as espécies Eisenia fetida ou Eisenia andrei, mas para ser bastante sincero, use as minhocas que você tiver na mão.
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Minhoca no seco anda? Umedece aí meu! |
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Adicione substrato com minhocas e misture á serragem molhada |
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Misture o substrato com minhocas na serragem |
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Corte o excedente e depois tampe para não juntar bicho (ainda foi uma outra tampa) |
Ensaios feitos na Universidade Estadual de Campinas, comprovam a eficiência da tecnologia com redução considerável da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Além disso, tem manutenção simplificada (a ultima que foi instalada no Sítio do Vovô em Outubro de 2016 ainda não deu manutenção). Entre outras vantagens, destacamos também a produção de húmus e o baixo custo de instalação e manutenção.
Espero que tenha gostado! Uma boa OBRA para você!
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Belo registro irmão, parabéns, e gratidão!
ResponderExcluirValeu mano!
ExcluirOlá tudo bem?? Tenho um terreno e gostaria de realizar este filtro no banheiro, minha dúvida é se a água que sai do vermifiltro pode ser enviada a um circulo de bananeiras onde já são enviadas águas cinzas?
ResponderExcluirOi Luciana, bom dia.
ExcluirPode ser sim, enviada para um circulo de bananeiras em uso.
Acredito que com o volume de agua gerado, talvez valha a pena fazer um outro circulo de bananeiras, mas jogar no mesmo tb é viável.
Sabe porque não tem nenhum problema? Porque não tem nada de componentes anaeróbios nesta agua e, ainda que haja algum, seria consumido pelas bacterias aeróbias contidas no circulo de bananeiras, completando o tratamento.
Valeu!
Olá Peter, olá Marina!
ResponderExcluirAgradeço por tão valiosa contribuição, com dicas tão simples e ao mesmo tempo tão eficientes.
Quero aprender sobre o assunto estou construindo um sitiozinho e quero que seja sustentável
ResponderExcluirOlá Muito Prazer!
ResponderExcluirEstou adquirindo uma área rural...em breve quero praticar essas técnicas sustentáveis a permacultura, sistema agroflorestal...
Ao Peter e Marina!!
Minha Gratidão.
Prof. Gervásio.
ResponderExcluirPinhalzinho/SC.
Olá, muito bacana. Tenho 02 dúvidas: 1 - o período para a retirada do húmus e 2 - a tampa tem que ser furada ou pode ser a original da bombona. Grande abraço
ResponderExcluirBom dia Peter .
ResponderExcluirHoje que vi este pôster teu .
Vc pode me tirar uma dúvida a respeito da água que sai da descarga ?
É com descarga normal ou não.
Acompanho Vc no canal do telegrama e no yotub. Sou muito sua fa
Gratidão
Oi Dirce. É sim, direto do vaso sanitario com descarga normal, ok?
ResponderExcluirPode-se fazer tambem com a agua da cozinha e as minhocas se adaptsm aos restos de alimento...
EXELENTE MARAVILHOSO TRABALHO DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E ECONOMIA
ResponderExcluirMuito eficiente 👏👏
ResponderExcluirNão precisa fazer furo na tampa para a respiração das minhocas?
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