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Móvel feito com bambu phyllostachys |
Este móvel que você acaba de ver é o primeiro de uma serie de vários que a Marcenaria de Caçamba pretende criar. Hoje estamos em festa! Recebemos aqui neste final de semana a ilustre presença de Bruno Bráz, Hudson Coelho, Jorge Maron e William L.S., da equipe de bambuzeiros da Ameríndia, que fazem uma série de móveis, objetos, geodésicas, construções civis e muito mais na região da Serra do Cipó, no município de Cardeal Mota -MG.
Na oportunidade, os caras facilitaram para a Marcenaria de Caçamba, um curso básico de construção de móveis de bambu e, em apenas 10 horas de trabalho, sapecamos um monte de varas de phyllostachys e fizemos uma mesinha que pode também ser usada como banco.
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Jorge fazendo o tratamento do bambu com maçarico |
A primeira coisa a ser feita é um projeto do que vai ser elaborado. A partir disso, faz-se a lista de peças e os cortes passam a ser feitos. Para ficar "bonitinho", tem alguns pulos do gato que só o pessoal do Amerindia pode passar. Quer saber mais, entra em contato com eles nos sites:
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É uma atividade que não requer muito maquinário pesado. Pra ser sincero, com uma maquina de furar de bancada ou não, um maçarico, paquímetro de plastico, arco de serra, facas afiadas ou estiletes, uma morsa, cordas, martelo esquadro, trena, lapis e grosa já dá pra fazer um monte de coisas. Uma ferramenta fundamental no processo de encaixes é a serra copa. Com ela você faz os furos para encaixar peças mais finas nas peças mais grossas.
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Se não tiver uma serra de bancada, mantenha bem aprumada a máquina |
Embora pareça madeira, bambu é um tipo de gramínea. Trata-se de um material muito interessante difere de madeiras por não aceitar pregos. Neste sentido, fazer um móvel sem colocar um pingo de cola PVA ou prego é algo realmente diferente de tudo que já fizemos e, com as técnicas orientais que nos foram passadas, os tabiques feitos com o próprio bambu tem a função dos pregos para travar os encaixes.
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Com ajuda de cordas e tabiques, o móvel vai tomando forma |
Depois de algum tempo, montamos a peça. Claro que não ficou no esquadro perfeito mas ficou esquadrejadinha. O bambu é um material tão orgânico que, se o camarada não errar feio no esquadro, ate o torto parece "bonito".
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Móvel montado e tabicado, ainda sem o contraventamento. |
Claro que se não travar ele vai ficar bambo. Por isso, torna-se necessário contraventar. A partir de cantoneiras travadas a partir do gosto do cliente ou do artesão. Tem muitas formas de se fazer, desde simples travas até encurvamento de bambu com maçarico.
No nosso caso, optamos pelo mais simples já que não dispúnhamos de muito tempo. Esquadreja-se a peça e mede uma que vai dividir os retângulos em dois triângulos e...zás!
Para fazer o amarramento, um capitulo à parte. Tradicionalmente usava-se junco, mas este foi proibido. No nosso caso, usamos sisal, que segundo Jorge, não se trata do melhor material. Vimos isso na pratica, pois o sisal vai soltando umas cordinhas à medida que se vai enrolando, mas com um pouco de jeito e muita paciência, consegue-se fazer boas amarrações.
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Haja paciência para amarrar |
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O resultado final da amarração |
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Detalhe do travamento das ripas do tampo. |
Resumo do espetáculo, muito gostoso de trabalhar. Ao longo do trabalho, o bambu vai exalando um cheiro característico que dá gosto e vontade de não parar. Esperamos ter forças podermos firmar novas parcerias, colher mais bambus e para fazermos muitos móveis. Aproveitamos também o espaço para os nossos sinceros agradecimentos à toda equipe Ameríndia.
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