Placa instalada com informações georreferenciadas.
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De 07 a 09 de março de 2016, tive a grata oportunidade de participar do curso de Recuperação de Nascentes, oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR-MG), que ocorreu no Distrito do Milho Verde em Serro-MG e ministrado pela instrutora Rosilene Ferreira.
O principal objetivo da atividade, segundo a instrutora, é adotar medidas de recuperação e proteção de nascentes de água locais, fazendo assim, o desassoreamento do olho d'água, a contenção, a desinfecção e a captação. Melhorando a qualidade e o volume da água da nascente.
Este trabalho é feito com materiais de fácil aquisição, entre conexões e canos pvc, cimento e tela sombrite.
Entre as várias nascentes, escolhemos a nascente Pixirica, "bem fraquinha" e localizada em uma área de pastagem bastante pisoteada pelo gado, à margem da Estrada Real. Para fazer o serviço - que consistia em encontrar o "olho d'agua" e fazer uma estrutura de solocimento - seguimos o passo a passo abaixo ilustrado:
Retirada manual do excedente de terra e vegetação ao redor da nascente
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02- Medir a vazão da nascente. Vazão é a relação matemática de quantidade de água que brota por unidade de tempo. O pequeno valor medido foi 200 litros/hora ou 4800 litros/dia.
Cronometro na mão e vasilha com volume conhecido para medir a vazão |
03 - Encontrar o olho d'água principal e instalar no contato com a pedra um cano de limpeza de 100mm. Este cano levará na sua extremidade um tapão, pois a água sairá por outros canos, como veremos a seguir. Em seguida, colocamos pedras nas proximidades do olho d'água.
Cano de limpeza instalado com pedras colocadas no olho d'água. |
04- Solocimento e instalação de cano de captação: Com o solo argiloso do lugar, fizemos uma masseira com traço 3:1 e barreamos o fundo e o entorno do cano de limpeza e de captação, que devem estar com as bocas livres embaixo das pedras, para que o fluxo de água corra sem obstruções.
Barreamento do entorno do cano de limpeza |
A água da nascente será direcionada para o cano de captação. Estes canos variam de acordo com a vazão da nascente. Como no nosso estudo de caso a vazão era bem pequena, optou-se por um cano de 25mm. A idéia é deixá-lo livre para que eventualmente possam ser conectados a uma rede de captação.
Cano de captação ao lado do cano de limpeza |
05- Instalação dos canos de excedente ou ladrões: Dois canos de maior calibre (40mm) - que devem ser dimensionados de acordo com o volume de água da mina - devem ser instalados logo acima dos canos de limpeza e captação, para que, em momentos de maior volume de água possam auxiliar na drenagem do excesso de água.
Dois canos de excedente. Note que eles ficam acima do cano de limpeza |
06- Cano de desinfecção: É este caninho verticalizado. Ele tem a função de ser o lugar onde de tempos em tempos poderá ser colocado cloro ou outros materiais de desinfecção.
Cano de desinfecção |
07- Retirada de qualquer vazamento ao redor dos canos: Barreia-se todo o entorno da nascente com a finalidade de retirar qualquer vazamento no contato com a rocha.
Certifique-se de que não há vazamentos nas laterais |
08- Barreamento final: Agora é o trabalho artístico. Com uma colher de pedreiro, faça o acabamento final.
Tá quase pronto! |
09- Se quiser, registre a data para que seus filhos e netos possam ver que você fez a sua parte e protegeu uma nascente, coisa que eles certamente vão fazer no futuro.
Pode chamar os amigos e colocar o nome de todo mundo que ajudou! |
10- Cadastrar o ponto da nascente, cercar e partir para o abraço: Este detalhe é bem importante, pois se a nascente não for protegida com cerca, o gado certamente vai pisoteá-la e as conseqüências não são boas, podendo a nascente até secar. Outra coisa importante é fazer o cadastro com georreferenciamento da nascente. Feito isso, é só chamar a turma para a foto final!
Detalhe da nascente jorrando, com sombrite nos canos de excedente e desinfecção para evitar a entrada de insetos |
Foto da turma que participou da proteção da nascente pixirica |
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Muito legal, eu fiz este curso no IPÉ de Nazare Paulista/SP
ResponderExcluirIsso mesmo Guilherme, se cada um protegesse uma nascente teríamos mais água disponível no subsolo.
ResponderExcluirE o Senar disseminando conhecimento por Brasil afora no meio rural.
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